sábado, 24 de janeiro de 2009

Abriu-se uma fresta.. é hora de avançar, direitos não se negocia se defende!

Frente a crise financeira do capital as saídas apresentadas pelas forças dirigentes têm sempre a mesma intencionalidade: Salvar o capital especulativo e industrial e de maneira perversa cobrar os custos a massa da população trabalhadora.
Pouco importa o fato de que milhares de pessoas sofram com as conseqüências da falta de sustentabilidade econômica deste sistema. Os trabalhadores são os mais atingidos pelo aumento do desemprego, da exploração do trabalho e falta de seguridade social.
A crise que se iniciou no setor imobiliário e bancário agora se faz sentir também no setor industrial. E o que tem feito os governos ?
Como primeira medida em todo o mundo, os governantes vêm injetado milhões em dinheiro para salvar os banqueiros. Uma medida que busca reduzir os impactos da crise para os capitalista e com um custo altíssimo para as populações que vêem os investimentos públicos aplicados no setor privado aumentando a concentração de riquezas e diminuindo os investimentos sociais e produtivos.
No Brasil, o governo tem reduzido impostos, diminuído as taxas de juros, aumentado as linhas de créditos tudo para favorecer as grandes empresas que no entanto agem sem nenhum compromisso em garantir os empregos dos seus funcionários.
O que temos visto são os empresários aproveitando do discurso da crise para obterem investimentos do governo para maximizar e otimizar a produção ao mesmo tempo em que demitem milhares de trabalhadores. Como sempre os capitalistas repassam os prejuízos ao setor público e aos trabalhadores sem reduzir em nada os lucros.
Agora com o apoio das redes de TVs iniciam uma campanha mediática para convencer os trabalhadores de que é melhor se contentarem com a redução do valor dos salários, flexibilização de direitos trabalhista, com cortes de horas extras e redução das jornadas de trabalho do que perderem os empregos. Essas campanhas objetivam minguar a resistência e ação dos trabalhadores na defesa de seus interesses e favorecer aos capitalistas a aumentar a exploração e manter intacta e crescentes os seus rendimentos.
Por que estas campanhas não informam ao povo que os empresários sempre utilizaram do financiamento público para crescer o seu capital. Que o estado retira recursos dos setor social transfere para as grandes empresas aumentando a concentração de rendas e as desigualdades econômicas e sociais.
É hora de cobramos o retorno. Quem não sabe administrar não deve receber crédito.
O que devemos fazer ? Denunciar que não são os trabalhadores os causadores da crise e nem tão pouco os que lucram com ela; fortalecer a resistência e a organização dos trabalhadores para impedir que os direitos conquistados sejam retirados e que se aumente a exploração do trabalho; denunciar que quem deve pagar os custos da crise são os banqueiros e as multinacionais que a cada dia concentram mais renda e capital em função da especulação desmedida, da exploração do trabalho, dos lucros obtidos com a cobrança de juros da divida e com a super exploração dos recursos naturais e do trabalho humano dos países periféricos.É hora de avançar. Todo momento de crise também se representa como uma oportunidade que se há de aproveitar para mudar a situação atual de forma rápida e eficaz e de modo a assegurar alternativas de desenvolvimento que tragam benefícios sociais e econômicos a todo o conjunto da população e não apenas a meia dúzia de capitalistas e especuladores. É hora de por as mãos na manivela e fazer girar. É hora de juntar as muitas mãos para moldar um mundo melhor possível.
A convocatória do velho Marx está em pauta. Proletários de todo mundo uni-vos : DEMITIU? PAROU. FALIU? OCUPOU.

Djacira Oliveira

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